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Engolir  ficou difícil? Entenda o que é disfagia e quem pode ajudar

Engolir ficou difícil? Entenda o que é disfagia e quem pode ajudar

Sentir que a comida “não desce” ou tossir ao comer pode ser assustador. A disfagia, que é a dificuldade para engolir alimentos, líquidos ou até mesmo saliva, não deve ser ignorada. Vamos entender o que está acontecendo e quem pode ajudar.

O que é disfagia?

A disfagia não é exatamente uma doença, mas sim um sintoma que pode aparecer em várias situações, como após um AVC, em pessoas com Parkinson, Alzheimer, câncer na região da cabeça e pescoço ou mesmo como parte do envelhecimento natural (1).

Ela acontece quando há dificuldade para engolir os alimentos de forma segura e confortável. (2).

 

O duplo risco da disfagia

Segurança em risco: o engasgo e a aspiração, provocados pela dificuldade em engolir os alimentos, podem levar à pneumonia aspirativa, uma complicação grave que aumenta mortalidade e tempo de internação (3).

Desnutrição e desidratação: O medo e a dificuldade de engolir frequentemente resultam em menor ingestão de água, calorias, proteínas e outros nutrientes, o que enfraquece o organismo e atrasa a recuperação (2, 4).

 

Tipos de disfagia

De modo geral, a disfagia pode ser de dois tipos. Um deles é quando o problema está no esôfago — o tubo que leva os alimentos da boca até o estômago —, por causa de bloqueios ou movimentos inadequados. Essa é a disfagia esofágica (1).

Já a disfagia orofaríngea é quando a dificuldade está na boca e na garganta, dificultando a mastigação, o controle dos alimentos na boca e a passagem do que foi mastigado até o esôfago (1).

 

Sinais para ficar de olho

Em relação aos sinais de alerta da disfagia, esteja atento se você perceber (1):

  • Tosse ou engasgo antes, durante ou após as refeições;
  • Sensação de alimento preso na garganta;
  • Dificuldade em iniciar o processo de engolir;
  • Perda de peso inesperada;
  • Regurgitação de alimentos e/ou líquidos;
  • Excesso ou ausência de saliva;
  • Lentidão na alimentação;
  • Alterações na voz após engolir.

Se você ou seu familiar apresenta esses sintomas, quem você deve procurar?

O Fonoaudiólogo! Esse é o profissional responsável por avaliar como a pessoa está engolindo e entender como os músculos e movimentos da deglutição estão funcionando. Com base nisso, ele decide (5):

  • Qual a textura ideal dos alimentos (mais líquidos, pastosos ou sólidos);
  • Qual a quantidade segura para ser oferecida em cada colherada;
  • Como oferecer os líquidos de forma segura (às vezes é preciso engrossar);
  • O tratamento para ajudar o paciente a recuperar a capacidade de engolir ou encontrar formas seguras de alimentação, de acordo com a condição de saúde da pessoa.

Em segundo lugar, um Nutricionista. É esse profissional que avalia o estado nutricional do paciente com disfagia e monta o plano alimentar. Isso inclui (5):

  • Escolher os alimentos mais adequados;
  • Prescrever suplementos nutricionais (se necessário) ou fórmulas especializadas oferecidas através de sondas;
  • Garantir que a dieta oferecida tenha todos os nutrientes que o corpo precisa, seja segura para engolir e aproveitada da melhor forma pelo organismo.

 

O que fazer a partir de agora?

Não ignore os sinais: buscar ajuda profissional precocemente é fundamental para sua segurança e para garantir que seu corpo receba os nutrientes e a hidratação necessários.

Siga as orientações de consistência alimentar, postura ao comer e exercícios de deglutição. Com apoio integrado da equipe, é possível melhorar a qualidade de vida e reduzir riscos.

Referências


  1. Cichero JAY. Hydration management in patients with dysphagia. Clin Nutr Highlights. 2012;8(3):2–9.
  2. Conselho Federal de Fonoaudiologia. Atuação fonoaudiológica na disfagia no adulto [Internet]. Brasília: CFFa; 2024.
  3. Marik PE, Kaplan D. Aspiration pneumonia and dysphagia. Eur Respir J. 2003;21(9):1224–1232.
  4. Tagliaferri S, Lauretani F, Pelá G, Meschi T, Maggio M. The risk of dysphagia is associated with malnutrition and poor functional outcomes in a large population of outpatient older individuals. Clin Nutr. 2019 Dec;38(6):2684-2689. doi: 10.1016/j.clnu.2018.11.022. Epub 2018 Nov 30. PMID: 30583964.
  5. X - Alvite MFL, Piovacari SMF, Nascimento DBD. Parecer da BRASPEN sobre prescrição de volume, consistência e suplemento nutricional no paciente disfágico. BRASPEN J. 2019;34(4):418–20.