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Obesidade: quais são os riscos reais?

Obesidade: quais são os riscos reais?

Em meio a tanto conteúdo online, fica difícil separar o que é verdade ou boato sobre obesidade. Neste artigo, apresentamos os riscos comprovados pela ciência. Confira!

 

A ligação entre obesidade e outras doenças

O acúmulo excessivo de gordura corporal desencadeia três mecanismos principais que comprometem a nossa saúde (1):

  1. Inflamação crônica — substâncias inflamatórias liberadas pelo tecido adiposo, nome técnico da gordura corporal;
  2. Sobrecarga mecânica — o peso extra aumenta a pressão sobre articulações, coração e pulmões;
  3. Alterações hormonais — mudanças nos níveis de hormônios que afetam o apetite, o metabolismo e o funcionamento dos órgãos, como insulina, leptina e adiponectina.

Esses mecanismos elevam o risco de (1, 2, 3, 4):

  • Diabetes tipo 2: a inflamação e a resistência à insulina tornam mais difícil manter a glicemia sob controle.
  • Doenças cardiovasculares (DCV): o excesso de gordura abdominal favorece hipertensão e acúmulo de placas nas artérias, aumentando a chance de infarto e AVC.
  • Apneia do sono: a gordura ao redor das vias aéreas causa colapso parcial durante o sono, gerando ronco e sonolência diurna.
  • Câncer: pessoas com obesidade podem ter risco aumentado para alguns tipos de tumores (mama, cólon, endométrio, rim, esôfago e vesícula), por vias inflamatórias e hormonais.

Mito vs. Fato

Antes de cair em boatos, confira a seguir os mitos mais comuns sobre obesidade — e o que a ciência realmente diz.

Mito Fato
“Obesidade não tem cura.” Embora seja uma doença crônica, a obesidade é controlável e sua remissão (melhora significativa) é possível (5).
“Todo mundo com obesidade vai ficar doente.” O risco aumenta, mas nem toda pessoa com IMC elevado possui doenças associadas. A distinção entre obesidade pré-clínica e clínica mostra que há quem esteja em fase inicial, mas sob risco e com necessidade de avaliação periódica (5, 6).
“Preciso perder muito peso para que minha saúde melhore.” Mesmo pequenas perdas de peso, como de 5 a 10% do peso corporal, já são capazes de promover redução dos níveis de açúcar no sangue, pressão arterial e níveis de colesterol, ajudando a prevenir ou tratar as doenças associadas à obesidade (7).

 

Prevenção e ação

Depois de entender os riscos e desfazer os mitos, é hora de colocar a saúde em prática. Veja como pequenas atitudes diárias podem fazer grande diferença:

Alimentação equilibrada: priorize frutas, verduras, grãos integrais e proteínas magras, evitando alimentos ricos em açúcar e gorduras, como as frituras. 

Movimento diário: pratique exercícios que você goste, mesmo que moderados, para estimular o metabolismo e o bem-estar.

Avaliação profissional: consultas regulares com médico, nutricionista e psicólogo ajudam a calibrar as melhores estratégias para você.

 

Mensagem final

Com informação confiável e ação prática, é possível gerenciar a obesidade de forma efetiva. Foque em passos constantes, sem pressa, e lembre-se: o conhecimento é a chave para escolhas mais saudáveis. Procure sempre ajuda profissional para orientar sua jornada.

Referências:


  1. Haslam DW, James WP. Obesity. Lancet. 2005;366(9492):1197–1209. doi:10.1016/S0140-6736(05)67483-1.
  2. World Health Organization. Obesity and overweight. Fact sheet. 2024 Mar 1.
  3. Guh DP, Zhang W, Bansback N, et al. The incidence of co-morbidities related to obesity and overweight: A systematic review and meta-analysis. BMC Public Health. 2009;9:88.
  4. Obesity and Cancer. Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
  5. Rubino F, Cummings DE, Eckel RH, et al. Definition and diagnostic criteria of clinical obesity. Lancet Diabetes Endocrinol. 2025 Jan 14.
  6. Wildman RP, Muntner P, Reynolds K, et al. The obese without cardiometabolic risk factor clustering and the normal weight with cardiometabolic risk factor clustering. Arch Intern Med. 2008;168(15):1617-1624.
  7. Ryan DH, Yockey SR. Weight loss and improvement in comorbidity: differences at 5%, 10%, 15%, and over. Curr Obes Rep. 2017;6(2):187-194.