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Tenho obesidade. E agora? Um guia para os próximos passos

Tenho obesidade. E agora? Um guia para os próximos passos

Receber o diagnóstico de obesidade pode despertar medo, ansiedade e dúvida. Esses sentimentos são válidos e comuns. Saiba que você não está sozinho(a) e que esse momento é apenas o ponto de partida para um caminho de cuidado.

 

Desvendando o diagnóstico da obesidade

Como saber se tenho obesidade?

Embora o Índice de Massa Corporal (IMC) ≥ 30 kg/m² seja um indicador inicial, outros fatores também são considerados em uma avaliação clínica completa, tais como:

  • Medidas corporais (circunferência de cintura, relação cintura-quadril, etc);
  • Sinais ou sintomas de problemas em alguns órgãos e limitações de atividades diárias, avaliados pelo médico por relatos individuais, exame físico e exames complementares.

Quando é considerada doença?

A obesidade é considerada uma doença desde 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), porém recomendações atuais dividem a obesidade em (1):

  • Obesidade pré-clínica – não é doença, pois órgãos e tecidos estão preservados, mas há risco aumentado para diabetes, pressão alta e outras doenças crônicas.
  • Obesidade clínica – é uma doença crônica e sistêmica, que afeta a função de órgãos e tecidos corporais.

Mesmo na obesidade “pré-clínica”, cuidados com a saúde precisam ser priorizados.

 

Montando seu time de cuidado

Lidar com a obesidade não precisa – e nem deve – ser uma jornada solitária. Como uma condição crônica e multifatorial, cada profissional traz uma peça importante para esse quebra-cabeça (2, 3):

  • Médico especialista (como um endocrinologista): confirma o diagnóstico, avalia impactos, indica o tratamento e encaminhamentos, acompanha a evolução, prescreve medicamentos.
  • Nutricionista: propõe uma alimentação equilibrada e personalizada.
  • Educador físico: insere a atividade física de forma segura e gradual.
  • Psicólogo: trabalha questões emocionais e comportamentais.

Opções de tratamento

Não existe uma única fórmula – o tratamento é individualizado e pode seguir diferentes caminhos ao longo do tempo, conforme recomendação de um profissional da saúde (1, 2, 4).

  • Mudanças no estilo de vida: base de todo cuidado, com foco em alimentação e atividade física.
  • Medicação: pode ser prescrita para controlar apetite, saciedade e metabolismo, quando indicado pelo médico. Não substituem hábitos saudáveis.
  • Cirurgia bariátrica: indicada para casos graves e com critérios específicos. Requer avaliação rigorosa e acompanhamento contínuo.

Todas essas abordagens fazem parte de um espectro de cuidado. Não se trata de “escolher a mais forte”, mas sim a mais adequada no momento.

 

Onde buscar suporte?

SUS (Sistema Único de Saúde):

Oferece gratuitamente atendimento multidisciplinar, consultas, exames e, a depender do atendimento de critérios estabelecidos, cirurgia bariátrica.

Planos de saúde e clínicas especializadas:

Muitos planos cobrem consultas, exames e procedimentos cirúrgicos. Clínicas especializadas reúnem a equipe em um só lugar, facilitando o acompanhamento integrado.

Recursos digitais e programas comunitários:

Aplicativos, canais de vídeo e sites de sociedades médicas (como ABESO e Sociedade Brasileira de Endocrinologia) trazem informações confiáveis e recursos auxiliares.

O programa Nestlé Nutre também pode ser uma das suas fontes de informação segura e um local de apoio e acolhimento. 

Além disso, muitas prefeituras oferecem programas gratuitos de atividades físicas e acompanhamento profissional.

Grupos de apoio:

Participar de grupos presenciais ou online, com encontros regulares, oferece troca de experiências, dicas e motivação contínua. 

 

Mensagem Final

O diagnóstico é apenas o primeiro passo. Com informação, apoio e um plano de cuidado individualizado, é possível melhorar sua saúde e qualidade de vida com segurança e acolhimento.

Referências:


  1. Rubino F, Cummings DE, Eckel RH, et al. Definition and diagnostic criteria of clinical obesity. Lancet Diabetes Endocrinol. 2025 Jan 14.
  2. Posicionamento sobre o tratamento nutricional do sobrepeso e da obesidade. Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO – 2022). Coordenação Renata Bressan Pepe, Clarissa Tamie Hiwatashi Fujiwara, Mônica Beyruti. 1. ed. , São Paulo, 2022.
  3. Wharton S, Lau DCW, Vallis M, et al. Obesity in adults: a clinical practice guideline. CMAJ. 2020;192(31):E875-E891.
  4. World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. WHO Tech Rep Ser 894. 2000.